Dor e dosolação. Esses eram os sentimentos visíveis no rosto da cunhada de Vanuza Silva dos Santos, 30 anos, que morreu soterrada na manhã desta segunda-feira, 26 por conta do desabamento da marquise de um prédio adquirido pelas Lojas Esplanadas no Calçadão à rua João Pessoa. Izabel Cristina Santos Nascimento foi liberar o corpo esta tarde no Instituto Médico Legal (IML). O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) informou que já tinha emitido uma notificação por conta do prédio em ruínas.
Ela contou que Vanuza Silva era casada com seu irmão há mais de dez anos e que os dois têm juntos, cinco filhos: Uma menina de 12 anos, uma de 11, um menino de nove anos e uma menina de 7 [que também foram atingidas no acidente] e um
Representante da empresa conversa com Izabel (de vermelho) e a irmã(Fotos: Portal Infonet) |
A cunhada de Izabel contou à reportagem do Portal Infonet que Vanusa estava voltando de Laranjeiras na manhã desta segunda-feira com os dois filhos. “Ela tinha ido levar as filhas de uma amiga que estavam passando férias aqui. E estava indo falar com uma deputada na Assembléia Legislativa. Eu soube que ela tinha acabado de perguntar a uma moça onde fica a assembléia, quando aconteceu a tragédia”, informa.
A representante da Esplanada também esteve no IML |
Apoio
Izabel Cristina estava no IML acompanhada de uma irmã, da representante das Lojas Esplanada [que não tem autorização
Presidente do Crea, Jorge Silveira |
“Nós estamos aqui dando apoio aos familiares e agilizando o sepultamento. A firma está trabalhando na reforma do prédio há cerca de dois meses. Ainda não sabemos o que causou o acidente, somente quando sair o resultado da perícia. Não tivemos nenhum trabalhador ferido, pois a marquize caiu para fora”, conta Sidney ao lado das cunhadas de Vanusa.
Crea
O presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - Crea-SE Jorge Silveira informou que todas as estruturas metálicas e de concretos devem ter um cuidado todo especial e cabe aos proprietários de uma maneira geral, que tenham marquises, uma preocupação em verificar constantemente a cada dois, três anos, a situação que se encontra a sua marquise, porque ela sofre influência da infiltração de água/umidade que provoca corrosão na armadura e faz com que venha a ruir.
No caso do desabamento desta segunda-feira, no calçadão, Jorge Silveira diz que parece, a princípio, que foi provocada por uma demolição que foi feita com equipamentos com uma vibração excessiva e isso levou a uma desagregação dos materiais e por ventura, levou conjuntamente a ruína da estrutura.
Silveira afirma ainda que o Crea-SE através da sua fiscalização, já tinha ido ao prédio e feito uma notificação diante do estado que se encontrava a estrutura em questão. Agora, o Conselho está apurando o que realmente aconteceu para verificar com os profissionais qual o real motivo do desabamento e tomar as medidas cabíveis.
Por Aldaci de Souza
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