quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Explosão na Fafen deixa dois feridos

Explosão na Fafen deixa dois feridos
Um vazamento na área de produção de amônia ocasionou a explosão
29/12/2010 - 10:08


Vazamento de gás causou a explosão (Fotos: Arquivo Infonet)
Na tarde de terça-feira, 28, a explosão de um vaso de pressão na área de produção de amônia da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN), unidade da Petrobras localizada na cidade de Laranjeiras, deixou dois funcionários feridos.
De acordo com informações da assessoria de comunicação da Petrobras, o acidente aconteceu por volta das 14h55 por conta de um vazamento de gás de processo, seguido de incêndio. As informações ainda dão conta de que imediatamente a planta foi retirada de operação e o incêndio foi eliminado.
Durante a ocorrência, dois colaboradores acidentados, sendo um empregado Petrobras identificado como José Almir Lima, de 48 anos, e o outro, um prestador de serviço funcionário da empresa contratada Engemar, identificado como Felipe Vasconcelos. Eles foram socorridos e encaminhados a hospitais da capital.
Ainda segundo a assessoria a Petrobras está prestando a assistência necessária aos familiares das vítimas.

Toeta diz que Petrobras se nega passar informações ao sindicato
Sindipetro 
De acordo com o diretor do Sindipetro, Stoessel Chagas, conhecido como 'Toeta', o funcionário da Petrobras sofreu queimaduras graves. “Almir foi atingido pelo fogo e saiu pulando de equipamento para equipamento que ficam a dez metros de altura. Já em relação a o outro trabalhador, a informação é de que com a explosão ele ficou pendurado pelo cinto de segurança”, revela.
De acordo com Toeta, a Petrobras se nega a passar informações ao Sindipetro em relação a real situação das vítimas. “Eles não querem nos passar informações e ainda por cima mentem em relação ao real estado de saúde dos funcionários, porque a informação que nós temos foi passada por um médico da família de Almir. A situação dele é muito grave. O médico disse que temos que rezar muito porque existe uma preocupação muito grande em relação aos órgãos internos, em especial os rins. Já o funcionário da Engemar teve fratura no tornozelo, afundamento de vértebras, três costelas quebradas e simplesmente está na enfermaria do Hospital São Lucas”, relata o diretor.
Para o presidente do Sindicato os funcionários deveriam ser encaminhados para hospitais fora do Estado. “Porque eles não mandam essas vítimas para hospitais em São Paulo especializados nesse tipo de tratamento? “, questiona Toeta.
Huse
A assessoria de comunicação do Hospital de Urgência e Emergência de Sergipe (Huse) informou que é grave o estado de saúde do paciente José Almir Santana Santos, internado desde a tarde de terça-feira, 28. Ainda de acordo com a assessoria, o paciente foi submetido a procedimento cirúrgico por volta das 17h e, posteriormente, encaminhado à Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) onde permanece até o momento.
De acordo com as informações da assessoria, as queimaduras são de segundo e terceiro grau e atingiram a face, abdomen e membros superiores. Almir está sendo constantemente medicado e recebendo assistência psicológica.


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Explosão interdita casas na Zona Norte de SP


Três pessoas ficaram feridas, na Casa Verde.
Terreno abrigava quatro casas, onde estavam 21 pessoas.

Do G1 SP
Três pessoas ficaram feridas em uma explosão causada pelo vazamento de gás na Casa Verde, Zona Norte de São Paulo, nesta terça-feira (2). Uma casa ficou destruída. Três pessoas ficaram feridas, entre elas uma senhora de 76 anos.
“Bens materiais você conquista, mas estou feliz pela vida dos meus filhos, do meu marido”, disse a auxiliar de limpeza Alcione Batista de Jesus.
No terreno onde aconteceu a explosão ficam quatro casas. Vinte e uma pessoas no local na hora do acidente. Elas tiveram que sair às pressas e informaram que iriam passar a noite na casa de parentes e amigos.
A subrefeitura da região interditou três casas. Uma delas sofreu abalo na estrutura e as outras duas foram interditadas por causa do corredor.
 

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ipem-SP autua dez veículos-tanque que transportam produtos perigosos

Ipem-SP autua dez veículos-tanque que transportam produtos perigosos
Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP), autarquia vinculada à Secretaria da Justiça, autuou dez, dos 25 veículos-tanque que transportam produtos perigosos fiscalizados, por falta do certificado de verificação metrológica do cronotacógrafo. Com o Apoio da Polícia Militar Rodoviária, operação “De Olho Na Rodovia II” foi realizada nesta sexta-feira (24/9), na Rodovia Euclides da Cunha, SP 320, 586,7 km, em Jales, região de São José do Rio Preto, interior de São Paulo.

O cronotacógrafo é considerado a “caixa preta” dos veículos, que registra dados do percurso, tais como velocidade, distância percorrida, pontos de parada, dentre outros. Fiscais vistoriaram ainda um ônibus escolar e um coletivo de passageiros e ambos estavam com o documento em ordem.
O certificado, que é obrigatório, é emitido pelo Ipem no Estado de São Paulo, após ensaios metrológicos com o cronotacógrafo. A data limite para que veículos-tanque obtivessem o certificado expirou em agosto de 2009. Para os ônibus, o prazo varia de acordo com os finais das placas: 2 (fevereiro); 3 (março); 4 (abril) e 5 (maio), 6 (junho), 7 (julho) e 8 (agosto).
“A exigência do documento é uma das formas para combatermos os riscos nas estradas. O instrumento oferece um histórico do trajeto feito pelo motorista que pode, inclusive, ajudar a elucidar as causas dos acidentes”, explica o superintendente do Ipem-SP, Fabiano Marques de Paula.
Proprietários dos caminhões ou empresas autuadas têm dez dias para apresentar defesa ao Departamento de Análise e Gestão de Processos do Ipem-SP, que definirá multa que varia de R$ 100 a 50 mil, dobrando na reincidência. (Redação - Agência IN - 27/09/2010).

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Brasil e Portugal analisam burnout nos hospitais

Brasil e Portugal analisam burnout nos hospitais
Data: 01/10/2010 / Fonte: Redação Revista Proteção

Foto: Divulgação Hospital de Clínicas


Uma pesquisa da Universidade do Porto em parceria com a Ulbra Canoas está avaliando riscos e sintomas da síndrome de burnout em profissionais da saúde no Brasil e em Portugal. O burnout é uma condição de sofrimento psíquico relacionado ao trabalho e está associado a alterações fisiológicas decorrentes do estresse. Os dados coletados mostram que, nos dois países, a síndrome é comum nos setores de urgência e unidades de tratamento intensivo. Além da análise comparativa, o objetivo é sensibilizar as organizações sobre a prevenção e a promoção da saúde mental dos trabalhadores.

Saúde em foco

Os dados começaram a ser coletados em janeiro de 2010, por meio de questionários nas unidades de saúde. No Brasil, o projeto é coordenado pela professora doutora Mary Sandra Carlotto e conta com a colaboração das bolsistas Ítala Chinazzo e da Luanna Taborda; em Portugal, tem a coordenação da professora Doutora Cristina Queirós e conta com a doutoranda Sofia Raquel Dias. "Até o momento, foram entrevistados 224 trabalhadores (112 de cada país) nas funções de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, cargos administrativos, nutricionistas, psicólogos e higienização", afirma Sofia Raquel Dias. O estudo faz parte do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Ulbra e do Doutorado em Psicologia da Universidade do Porto.

Trabalhadores insatisfeitos
Os resultados iniciais da pesquisa mostram que os profissionais em maior risco são os dos setores de urgência e unidades de tratamento intensivo. O profissional que trabalha sob pressão, sobrecarregado, com pouca autonomia e participação, é o que corre maior risco de desenvolver a doença, segundo a coordenadora no Brasil. Entre os entrevistados nos dois países, 40,2% não se sentiam realizados profissionalmente; 2,3% sentiam exaustão emocional e 0.9% sofriam com despersonalização. "Os brasileiros apresentaram índices maiores de despersonalização e de menor realização profissional, enquanto que os portugueses revelaram maiores índices de exaustão emocional, seguidamente de despersonalização", explica a doutoranda Sofia. O levantamento foi apresentado no VII Congresso Ibero-americano de Psicologia, em julho na cidade de Oviedo, Espanha.

Ampliação do estudo

Após a completa coleta de dados, será estruturado um diagnóstico comparativo da situação do burnout nas unidades de saúde dos dois países. Um segundo desafio dos pesquisadores, a longo prazo, é ampliar o estudo para outros ramos de atividades e avaliar meios de tratamento da síndrome. "O interesse no projeto, a riqueza dos dados e a motivação da equipe levam-nos a pensar em incluir outros grupos profissionais", revela Sofia, otimista.
www.protecao.com.b

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

FAP individual das empresas estará disponível no dia 30

FAP individual das empresas estará disponível no dia 30
Data: 24/09/2010 / Fonte: ACS/MPS

Ilustração: Beto Soares/Revista Proteção


A relação com a média dos índices de frequência, gravidade e custo de toda a acidentalidade registrada em 2008 e 2009, de 1.301 subclasses ou atividades econômicas, já pode ser consultada pelas empresas no Diário Oficial da União. A Portaria Interministerial nº 451/2010, dos ministros da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, e da Fazenda, Guido Mantega, publicada nesta sexta-feira (24) traz os novos índices de acidentalidade dos setores econômicos para cálculo, pelas empresas, do Fator Acidentário de Prevenção (FAP).

Os números servirão de consulta individual pelas empresas para comparar o respectivo desempenho em relação ao FAP com a média de seu setor, e serão utilizados para calcular as alíquotas da tarifação individual por empresa ao Seguro Acidente, que será cobrado a partir de janeiro de 2011.

Com a publicação da portaria, a previsão é a de que o Ministério da Previdência Social disponibilize em seu portal, no dia 30 de setembro, o valor do fator acidentário das empresas, com as respectivas ordens de frequência, gravidade e custo, calculados com base nas regras da Resolução 1.316/2010. As informações também poderão ser acessadas na página da Receita Federal do Brasil (RFB).

Contestação
O FAP atribuído às empresas pelo Ministério da Previdência Social (MPS) poderá ser contestado administrativamente, de 1º a 30 de novembro, por intermédio de formulário eletrônico dirigido ao Departamento de Políticas de Saúde Segurança Ocupacional (DPSO). Serão analisadas apenas as contestações de possíveis divergências de dados previdenciários que compõem o fator. O MPS e a RFB disponibilizarão, nesse período, o formulário eletrônico de contestação em seus respectivos sites.

A portaria, embasada no Decreto nº 7.126/2010, determina que compete à Secretaria de Políticas de Previdência Social (SPS) julgar em grau de recurso, ou seja, em segundo e último grau administrativo, as decisões proferidas pelo DPSO. A empresa terá o prazo de 30 dias, contados da data da publicação do resultado no DOU, para encaminhar o recurso em segundo grau de forma também eletrônica, por meio de formulário disponível nos sites do MPS e da RFB.

O resultado do julgamento será publicado no DOU, sendo o acesso a dados mais detalhados restrito à empresa nas páginas eletrônicas da Previdência e da Receita Federal.

Além do FAP, cada empresa poderá consultar, a partir do dia 30 de setembro, a quantidade de acidentes e doenças do trabalho, de auxílios-doenças acidentários e de aposentadorias por invalidez e de pensão por morte. Os dados por empresa também estarão disponíveis no site da Receita Federal do Brasil.

O fator acidentário é um multiplicador a ser aplicado às alíquotas de 1%, 2% ou 3% da tarifação coletiva por subclasse econômica, incidentes sobre a folha de salários das empresas para custear aposentadorias especiais e benefícios decorrentes de acidentes de trabalho.

Base de cálculo

O FAP varia anualmente. É calculado sempre sobre os dois últimos anos de todo o histórico de acidentalidade e de registros acidentários da Previdência Social, por empresa. O fator incide sobre as alíquotas das empresas que são divididas em 1.301 subclasses da Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE 2.0). A nova metodologia, porém, não traz qualquer alteração na contribuição das pequenas e microempresas, já que elas recolhem os tributos pelo sistema simplificado, o Simples Nacional.

Bonificação

As alíquotas do Seguro Acidente de 684.650 empresas, que não apresentaram nenhum tipo de acidente e concessão de benefício acidentário em 2007 e 2008 (período base), estão sendo reduzidas pela metade desde o dia primeiro deste mês.

A medida foi uma das principais alterações na metodologia do FAP, aprovadas pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) em maio de 2010. A Resolução 1.316/2010, com as novas regras, foi publicada em junho."


Confira a íntegra da portaria, clicando aqui.

retirado do site: www.protecao.com.br

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Gás tóxico vaza depois de carreta tombar na BR 262 em Domingos Martins

Gás tóxico vaza depois de carreta tombar na BR 262 em Domingos Martins

O material pode matar. Há mais de 14 horas a equipes do Corpo de Bombeiros trabalham no local. A rodovia começa a ser liberada. Três pessoas morreram no acidente DA 

O acidente na BR 262, em Domingos Martins, envolvendo um caminhão com produtos químicos, matou três pessoas na tarde desta quarta-feira (22). Outras sete pessoas com fortes sintomas de intoxicação foram internadas em um hospital da região após contaminação por gás cloro.

As vítimas acabaram de ser identificadas: Gustavo Curi, motorista do caminhão, Adélson Alves, de 44 anos, passageiro do caminhão. Segundo a Policia Rodoviária Federal, os dois teriam morrido por intoxicação. Já a terceira vítima, motorista do carro pampa, José Souza Gomes, 54 anos - morador de Ibatiba, morreu com o impacto do acidente.

Os dois veículos acabaram de ser retirados. Os corpos das vítimas já estão sendo levados para o DML de Vitória. E a BR 262 continua fechada.
A Polícia Rodoviária Federal orientou para que as pessoas evitassem passar por esse trecho da rodovia porque havia grande risco de contaminação. Dependendo do grau de intoxicação a vítima poderia morrer. Parte da carga tóxica vazou após a colisão do caminhão com um carro de passeio, segundo relatos de testemunhas que passavam pelo local.
Uma equipe de São Paulo especializada em retiradas de produtos tóxicos, e segundo informações é contratada da empresa envolvida no acidente, chegou ao Aeroporto de Vitória por volta das 23h. Do terminal, seguiu caminho para Domingos Martins para retirar os cilindros e o cloro que ficou derramado na pista. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, os dois sentidos da via continuam interditados. A previsão é que a pista seja liberada por volta das 04h. foto: Reprodução / TV Gazeta Corpo de Bombeiros precisam de roupa especial para trabalhar na área do acidente Uma das pessoas que ficou contaminada com o vazamento do gás foi o aposentado Ruy de Mendonça, de 79 anos. Ele contou que seguia no sentido Marechal - Vitória com a filha, a arquiteta Valésia de Mendonça, quando numa curva, a poucos metros do local da batida, encontrou o trânsito parado e várias pessoas gritando e pedindo que retornassem. Logo ele sentiu o cheiro forte que rapidamente provocou coceira no corpo e queimação na garganta, olhos e nariz.
"Eu rapidamente consegui virar o carro e corri para o hospital de Domingos Martins com a minha filha que estava muito mal por causa do cheiro. Eu sentia muita dificuldade para respirar, mas conseguir levar o carro até o hospital. Quando chegamos já fomos colocados no oxigênio", relatou.
O aposentado teve alta médica por volta das 22 horas, mas continuou na unidade acompanhando a filha que ficaria em observação até a manhã desta quinta-feira.
O vereador de Marechal Floriano, João Cabral (PMDB), que seguia no sentido Vitória-Domingos Martins, contou que estava pouco atrás dos veículos que se envolveram no acidente. Segundo ele, o cheiro forte do gás se espalhou rapidamente, o que fez várias pessoas passarem mal. Ele tentou auxiliar outros motoristas a retornarem na estrada, mas não aguentou ficar por muito tempo no local por conta do cheiro forte.
"É um cheiro que dava para ser sentido a mais de 500 metros do local do acidente. Ardia os olhos, o nariz, a pele. A gente ficou até meio desnorteado por causa do cheiro. Pra seguir viagem eu cortei desvio por Biriricas. Quem vinha no sentido contrário, cortava caminho por Araguaia", relatou.
Equipes do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) estiveram no local para levantarem as primeiras informações sobre a emrpesa responsável pelo transporte do produto químico. De acordo com o Instituto não houve possibilidade dos técnicos realizarem levantamentos detalhados devido as condições de alto risco de contaminação no local.
Na manhã desta quinta-feira (23), os técnicos do Iema retornam a Domingos Martins para darem continuidade aos trabalhos interrompidos na noite desta quarta. Serão analisadas os impactos provocados pelo gás na vegetação, na água dos rios, em animais e nas comunidades vizinhas ao local do acidente.
Foi feito um isolamento no raio de 1km a partir do local do acidente por causa da toxidade do gás. O Corpo de Bombeiros encaminhou três viaturas ao local. A equipe composta por seis militares precisou utilizar roupas especiais para se aproximar do caminhão onde ocorreu o vazamento da carga, usadas para evitar contaminação.
O produto se espalhou na pista a poucos metros do local onde a carreta ficou tombada de lado. O gás escapou dos cilindros e algumas pessoas passaram mal ao inalar o produto. As vítimas foram socorridas pela polícia local e encaminhadas para exames médicos.
A pista no quilômetro 34, onde ocorreu o acidente, foi interditada nos dois sentidos, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal. Os bombeiros, até às 24h, ainda não haviam conseguido recolher os corpos das vítima devido ao forte odor de cloro.
Vítimas 
Sete pessoas que estavam em veículos próximos ao vazamento do gás foram internadas na Fundação Hospitalar Associação Domingos Martins Fuhasdomar, localizada há cerca de 5 km do local do acidente. De acordo com informações de funcionários do hospital, os pacientes quando chegaram na unidade vomitavam e tossiam muito.
Segundo uma funcionária, uma das vítimas identificada como Manoel Carlos da Silva, 53 anos, ficou desorientado e não conseguiu nem dizer o local onde mora. Ele foi colocado no balão de oxigênio para que pudesse respirar melhor e apresenta um quadro de saúde estável.
Pânico e correria
O empresário Miracy Fernandes Pereira, 44 anos, que seguia logo atrás do caminhão carregado com gás cloro, narrou na noite desta quarta-feira o que classificou de pânico generalizado entre motoristas e ocupantes de vários carros que estavam atrás dos dois veículos que se envolveram no acidente no quilômetro 34, da BR 262, próximo a Biriricas, em Domingos Martins.
Miracy estava em uma carreta Volvo 360 - que se dirigia a Vitória para carregar de oxigênio e levar para Manaus, Amazonas. Ele contou que o motorista do seu caminhão, Manoel Carlos da Silva, 53 anos, foi o que mais sentiu os efeitos do gás tóxico que atingiu várias pessoas.
O empresário disse que escutou o barulho da batida entre os dois veículos - um caminhão com o gás tóxico e um outro que ele identificou como um Ford Pampa - e não viu mais nada. "Uma fumaça branca subiu rapidamente e com cheiro forte fez com que as pessoas, inclusive eu e o motorista Manoel, abandonássemos os carros em fuga no sentido contrário ao acidente. Foi terrível. Uma correria grande. Pessoas a pé e outras de carros em marcha ré", disse Miracy Pereira. (Fonte: Redação Portal Produtos Perigosos - 23/09/2010).

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

CAPÍTULO 1: HIGIENE DO TRABALHO 1.6

1.1  Gases.

São dispersões de moléculas no ar, misturadas completamente com este (o próprio ar é uma mistura de gases). Não possuem formas e volumes próprios e tendem a se expandir indefinidamente. À temperatura ordinária, mesmo sujeitos à pressão fortes, não podem ser total ou parcialmente reduzidos ao estado líquido. Suas principais características são:
·         Estado mais perigoso.
·         Alta mobilidade.
·         Riscos adicionais.
·         Cor  e  odor.
·         Alta taxa de expansão.
·         Densidade (mais denso, mais perigoso).
·         Áreas confinadas.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

CAPÍTULO 1: HIGIENE DO TRABALHO 1.5

1.1            RISCOS QUÍMICOS.

Agente químico sob o ponto de vista da Higiene é toda substância orgânica ou inorgânica, natural ou sintética que, durante a fabricação, manuseio, transporte, armazenamento ou uso, passa a agredir direta ou indiretamente o trabalhador ou contaminar a atmosfera do ambiente ocupacional, em quantidade prejudicial à saúde dos colaboradores expostos e até a sociedade aos redores da empresa.
Os diversos agentes químicos podem poluir o local de trabalho e entrar em contato com o organismo dos trabalhadores através da inalação, absorção cutânea (pele) e ingestão, podendo apresentar uma ação localizada ou serem distribuídos aos diferentes órgãos e tecidos levados pelos fluídos internos produzindo uma ação generalizada.
Nesta esfera, são muito comuns contaminações por agentes químicos através da manipulação de cigarro e alimentos, onde o colaborador acaba não realizando uma boa higienização das mãos ou até mesmo não executando os procedimentos corretos de segurança dentro do ambiente de trabalho.
As substâncias ou produtos químicos que podem contaminar um ambiente de trabalho classificam-se segundo as suas características físico químicas em:
·         Aerodispersóides (Partículas dispersas no ar);
·         Gases e vapores (Modificam a estrutura molecular do ar).
Ambos comportam-se de maneiras diferentes, tanto a respeito do período de permanência no ar quanto as possibilidades de ingresso no organismo.
Abaixo vocês poderão visualizar a classificação destes agentes num organograma explicativo.
Vias de penetração no organismo
Os agentes químicos agressivos têm três vias de entrada no organismo humano: a via digestiva, a via percutânea (através da pele) e a via respiratória (através dos pulmões). A entrada por via digestiva faz-se através da boca e habitualmente é uma ingestão involuntária, que ocorre por acidente ou descuido. Tal pode suceder, por exemplo, quando um produto é trasvasado para outro recipiente por aspiração, ou quando é armazenado num recipiente ou local destinado a alimentos ou bebidas.
Mais comum é a ingestão de um agente químico pela boca quando, após a manipulação desse agente, se levam as mãos à boca para fumar, comer ou mesmo secar os lábios. No que toca à via percutânea, determinados produtos, principalmente os com características irritantes ou corrosivas, agem no local de contacto com a pele, as mucosas ou os olhos. A possibilidade de penetração no organismo através da pele de certos produtos pode ser muito perigosa: certos solventes orgânicos ou o benzeno, por exemplo, podem atacar severamente os rins, o fígado ou o sistema nervoso. A via de penetração mais comum é a respiratória, uma vez que os agentes poluentes podem estar misturados com o ar que respiramos como já observamos acima, penetrando nos pulmões em simultâneo com o ar inspirado. É freqüente a inspiração desses produtos em situações de manipulação de solventes, tintas ou colas. O transporte dessas substâncias pelo sangue pode causar problemas noutros órgãos, para além dos pulmões.



terça-feira, 17 de agosto de 2010

CAPÍTULO 1: HIGIENE DO TRABALHO 1.4 (5ª parte)

Ventiladores
São os responsáveis pelo fornecimento de energia ao ar, com a finalidade de movimentá-lo, quer seja em ambientes quer seja em sistema de dutos.
A função básica de um ventilador é, pois, mover uma dada quantidade de ar por um sistema de ventilação a ele conectado.
Assim o ventilador deve gerar uma pressão estática suficiente para vencer as perdas do sistema e uma pressão cinética para manter o ar em movimento.
Basicamente, há dois tipos de ventiladores: os axiais e os centrífugos, conforme a Figura 10.
a)      Axial


  • Tipo de ventilador axial.
O ventilador de hélice (Figura 10a) consiste em uma hélice montada muna armação de controle de fluxo, com o motor apoiado por suportes normalmente presos à estrutura dessa armação. O ventilador é projetado para movimentar o ar de um espaço fechado a outro a pressões estáticas relativamente baixas. O tipo de armação e posição da hélice tem influência decisiva no desempenho do ar e eficiência do próprio ventilador.
 
b) Centrífugo


 Figura 10b - tipo de ventilador centrífugo.
a)      Ventiladores centrífugos
Um ventilador centrífugo (Figura 10b) consiste em um rotor, uma carcaça de conversão de pressão e um motor. O ar entra no centro do rotor em movimento na entrada, e acelerado pelas palhetas é impulsionado da periferia do rotor para fora da abertura de descarga.
Vantagens e desvantagens
Os tipos principais de ventiladores Axiais e Centrífugos são os da Figura 11
As principais vantagens essenciais de cada tipo são dadas a seguir.
a)      Axial propulsor. É tipo mais barato para mover grandes volumes de ar a baixas pressões, sendo freqüentemente utilizado para circulação de ar ambiente. Figura abaixo.


b)      Axial comum - Possui ampla calota central, que possibilita sua utilização a pressões mais elevadas. É freqüentemente usado em ventilação de minas subterrâneas e, em algumas ocasiões, em indústrias. Nesse tipo de ventilador, a forma das pás é muito importante, e eles não devem ser usados onde haja risco de erosão e corrosão.

c)      Tubo-axial - Trata-se de um propulsor, com pás mais grossas mais largas, colocado dentro de um tubo, o que permite direta conexão como dutos.

d)      Centrífugo, pás para trás - Possui duas importantes vantagens: 1ª - apresenta maior eficiência e auto-limitação de potência. Isso significa que, se o ventilador está sendo usado em sua máxima potência, o motor não será sobrecarregado por mudanças de sistema de dutos. É um ventilador de alta eficiência e silencioso, se trabalhar num ponto adequado.


e)      Centrífugo, pás radiais - Um ventilador robusto, para movimentar efluentes com grande carga de poeira, poeiras pegajosas e corrosivas. Apresenta menores possibilidades de "afogar", sendo usado para trabalhos mais pesados. A eficiência desse tipo de ventilador é baixa, e seu funcionamento, barulhento.



f)      Centrífugo, pás para frente - Mais eficiente, tem maior capacidade exaustora a baixas velocidades, e não é adequado para trabalhos de alta pressão nem para altas cargas de poeira, apresentando problemas freqüentes de corrosão, se mal utilizado. 













CAPÍTULO 1: HIGIENE DO TRABALHO 1.4 (4ª parte)


 Captores (Coifas)
São pontos de captura de poluentes, que, dimensionados convenientemente para uma fonte poluidora, irão enclausurar parte da fonte e, com um mínimo de energia, consegue-se a entrada destes poluentes para o sistema de exaustão.
Esses captores devem induzir, na zona de emissão de poluentes, correntes de ar em velocidades tais que assegurem que os poluentes sejam carregados pelas mesmas para dentro do captor.
Em casos especiais, formas de captores devem ser desenhadas. Usualmente as dimensões do processo ou operação determinam as dimensões do captor e sua forma.
Vários tipos de captores são utilizados nas mais diversas aplicações industriais (vide Figura 7).




Figura 7. Tipos de captores (coifas)

A Figura 8, a seguir, mostra em detalhes um captor enclausurante para trabalhos com esmeris.
Para este caso, a ACGIH estabelece condições básicas, tais como dimensões em relação ao disco e vazões de ar mínimas, sendo considerado péssimo o enclausuramento quando a área do disco exposta exceder a 25%.
Evidentemente, estes valores são obtidos a partir de dados experimentais e após testes comparativos com inúmeros materiais de ensaio. 




Figura 8 - Norma para captor de disco de esmeril.

Sistema de dutos (dimensionamento)
Uma linha de dutos deverá ser instalada de acordo com o layout geral da fábrica, interligando captores ( coifas) ao sistema de coleta. Esta linha deverá ser do menor comprimento possível, a fim de minimizar a perda de carga, consumindo dessa forma menos energia. Isto significa que o sistema de coleta constituído por um exaustor-coletor deverá ser instalado o mais próximo possível dos pontos de captação ( coifas ou captores).
Para o dimensionamento de dutos e captores, bem como das singularidades ao longo deles, o projetista deverá levar em consideração as vazões necessárias para cada captor, velocidade de transporte recomendada para o trecho principal dos dutos e as devidas perdas de carga, a fim de determinar a potência do motor e ventilador, bem como das secções dos dutos.
Para tanto, a American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH) e demais literaturas a respeito possuem toda a informação necessária para o cálculo das perdas de carga, expressas em milímetros ou polegadas de coluna de água. Por conveniência, podem ser adotados:

  • tubos: secção circular;
  • cotovelos: 90º
  • conexões : 30º
  • raios de curvatura: r = 2d (duas vezes o diâmetro do duto).
É desaconselhável o uso de tubos de secção retangular para sistemas de exaustão, por apresentarem cantos vivo, que facilitam a deposição de poeira, e que exigem, portanto, motor de maior potência para manter a eficiência necessária; Alan disso, haverá um maior desgaste dos dutos, implicando em freqüentes manutenções. É interessante a adoção de valores fixos (por exemplo, raio de curvatura r = 2d), o que significa que todas as curvaturas serão semelhantes, dando um aspecto arquitetônico a instalação, mesmo com pequeno acréscimo de perda de carga.
A Figura 9, a seguir, mostra uma instalação dutos interligados a um coletor e um exaustor.

Figura 9 - sistema de dutos.






segunda-feira, 16 de agosto de 2010

CAPÍTULO 1: HIGIENE DO TRABALHO 1.4 (3ª parte)

 Recomendações gerais
·         As trocas de ar de até oito vezes por hora são suficientes para remover contaminantes emitidos por ocupantes. O limite superior da faixa é recomendado para remover calor e vapor em zonas temperadas. Em climas quentes, sugere-se o dobro dos valores da tabela.
·         Se ocorrer o uso do fumo, deve-se usar o dobro do valor da tabela (G. Woods, Pratical Guide to Fao Engineering
·         Não se prevê uso de equipamento de limpeza de ar. O espaço não deve ser inferior a 150 Ft³/pessoa ou 15 Ft²/pessoa
·         O limite inferior é o mínimo e o limite superior é o recomendado (mesma referência).
Ventilação Geral Diluidora
A ventilação geral diluídora é o método de insuflar ar em um ambiente ocupacional, de exaurir ar desse ambiente, ou ambos, a fim de promover uma redução na concentração de poluentes nocivos. Essa redução ocorre pelo fato de que, ao introduzirmos ar limpo ou não poluído em um ambiente contendo certa massa de determinado poluente, faremos com que essa massa seja dispersada ou diluída em um volume maior de ar, reduzindo, portanto, a concentração desses poluentes. A primeira observação a ser feita é a de que esse método de ventilação não impede a emissão dos poluentes para o ambiente de trabalho, mas simplesmente os dilui.
A alternativa a este tipo de ventilação é a ventilação local exaustora  que capta os poluentes junto à fonte de emissão antes que sejam emitidos ao ambiente ocupacional. Este ultimo método e sempre preferível à ventilação geral diluídora, especialmente quando o objetivo do sistema de ventilação é a proteção da saúde do trabalhador.
Os objetivos de um sistema de ventilação geral diluídora podem ser:
  • Proteção da saúde do trabalhador: reduzindo a concentração de poluentes nocivos abaixo de um certo limite de tolerância.
  • Segurança do trabalhador: reduzindo a concentração de poluentes explosivos ou inflamáveis abaixo dos limites de explosividade e inflamabilidade.
  • Conforto e eficiência do trabalhador: pela manutenção da temperatura e umidade do ar do ambiente.
  • Proteção de materiais ou equipamentos: mantendo condições atmosféricas adequadas (impostas por motivos tecnológicos).
Em casos que não é possível ou não é viável a utilização de ventilação local exaustora, a ventilação geral diluídora pode ser usada.
Utilização da ventilação geral diluídora
A aplicação, com sucesso, da ventilação geral diluídora depende das seguintes condições
  • Poluente gerado não deve estar presente em quantidade que excede à que pode ser diluída com um adequado volume de ar.
  • A distancia entre os trabalhadores e o ponto de geração do poluente deve ser suficiente para assegurar que os trabalhadores não estarão expostos a concentrações médias superiores ao VLT (Valor do Limite de Tolerância)
  • A toxicidade do poluente deve ser baixa (deve ter alto VLT, Isto é, VLT > 500 ppm)
  • Poluente deve ser gerado em quantidade razoavelmente uniforme.
A ventilação geral diluídora, além de não interferir com as operações e processos industriais, é mais vantajosa que a ventilação local exaustora, nos locais de trabalho sujeitos a modificações constantes e quando as fontes geradoras de poluentes se encontrarem distribuídas no local de trabalho, mas, pode não ser vantajosa, pelo elevado custo de operação, sobretudo quando há necessidade de aquecimento do ar, nos meses de inverno; contudo, seu custo de instalação é relativamente baixo quando comparado com o da ventilação local exaustora. É conveniente a instalação de sistemas de ventilação geral diluídora quando há interesse na movimentação de grandes volumes de ar na estação quente.
Diversas razões levam a não utilização freqüente da ventilação geral diluídora para poeiras e fumos. A quantidade de material gerado é usualmente muito grande, e sua dissipação pelo ambiente é desaconselhável. Além disso, o material pode ser muito toxico, requerendo, portanto, uma excessiva quantidade de ar de diluição.
O principio usado para ventilação de diluição de contaminantes, com relação a aberturas e colocação de exaustores, é sugerido pela (American Conference of Governmental Hygienists), comparando todas as formas possíveis (Figura 4).
NORMA ACGIH - PRINCIPIOS DE VENTILAÇÃO DILUIDORA
Figura 4. Princípios de ventilação Diluidora - ACHIH.
Ventilação Local Exaustora
A ventilação local exaustora tem como objetivo principal captar os poluentes de uma fonte (gases, vapores ou poeiras toxicas) antes que os mesmos se dispersem no ar do ambiente de trabalho, ou seja, antes que atinjam a zona de respiração do trabalhador. A ventilação de operações, processos e equipamentos, dos quais emanam poluentes para o ambiente, é uma importante medida de controle de riscos.
De forma indireta, a ventilação local exaustora também influi no bem-estar, na eficiência e na segurança do trabalhador, por exemplo, retirando do ambiente uma parcela do calor liberado por fontes quentes que eventualmente existam. Também no que se refere ao controle da poluição do ar da comunidade, a ventilação local exaustora tem papel importante. A fim de que os poluentes emitidos por uma fonte possam ser tratados em um equipamento de controle de poluentes (filtros, lavadoras, etc.), eles têm de ser captados e conduzidos a esses equipamentos, e isso, em grande numero de casos, é realizado por esse sistema de ventilação.
Basicamente, um esquema de instalação de um sistema de ventilação local exaustora é o seguinte.
Figura 5. Esquema de um sistema de ventilação local exaustora.
Princípios de exaustão
Um sistema de ventilação local exaustora deve ser projetado dentro dos princípios de engenharia, ou seja, de maneira a se obter maior eficiência com o menor custo possível. Por outro lado devemos lembrar sempre que, na maioria dos casos, o objetivo desse sistema é a proteção da saúde do homem; assim, este fator deve ser considerado em primeiro lugar, e todos os demais devem estar condicionados a ele.
Muitas vezes, a instalação de um sistema de ventilação local exaustara, embora bem dimensionada, pode apresentar falhas que a tornem inoperante, pela não observância de regras básicas na captação de poluentes na fonte.
O enclausuramento de operações ou processos, a direção do fluxo de ar, entre outros fatores, são condições básicas para uma boa captação e exausto dos poluentes
Como exemplo, a Figura 6, a seguir, ilustra a maneira correta de se proceder, comparada com as situações que tornam a exaustão inoperante, nos casos específicos de descarregamento de correias transportadoras e tanques de lavagem.
A ACGIH possui padrões de exausto da maioria dos processos e operações industriais, com forma e dimensões normalizadas. 




 ACGIH- PRINCIPIOS DE EXAUSTÃO
Figura 6. Princípios de exaustão - ACGIH.



sábado, 14 de agosto de 2010

CAPÍTULO 1: HIGIENE DO TRABALHO 1.4 (2ª parte)

Tipos de ventilação
Os tipos de ventilação, empregados para qualquer finalidade, são assim classificados:
a)      Ventilação natural.
b)      Ventilação geral
c)       Ventilação geral para conforto térmico.
d)      Ventilação geral diluídora
e)      Ventilação local exaustora (Sistema)
 Ar condicionado
Evidentemente, o ar pode ser condicionado artificialmente. Segundo definição da American Society of Heating, Refrigeratind and Air Conditioning Engineers (ASHRAE), "ar condicionado e o processo de tratamento do ar de modo a controlar simultaneamente a temperatura, a umidade, a pureza e a distribui, para atender as necessidades do recinto condicionado", ocupado ou não pelo homem.
As aplicações do ar condicionado são inúmeras, podendo ser citadas, entre outras, as seguintes:
a) Processos de fabricação de certos produtos que devem ser feitos em recintos com umidade,
    temperatura e pureza controladas; por exemplo, fabricação de produtos farmacêuticos,
    alimentícios, impressão de cores, industrias testeis, de solventes, etc.
b) Conforto do indivíduo e produtividade.
c) Hospitais: salas de operação, salas de recuperação e quartos para tratamento de doentes
    alérgicos, etc.


Ventilação natural
 A ventilação natural é o movimento de ar num ambiente de trabalho, provocado por ventos externos e que pode ser controlado por meio de aberturas, como portas, janelas , etc.
Infiltração é o movimento do ar não controlado, de fora para dentro e de dentro para fora de um ambiente, através de frestas de janelas e portas, de paredes, pisos e forros, e por outras aberturas existentes.

Figura 1. Exemplo de circulação de ar num ambiente.
 O fluxo de ar que entra ou sai de um edifício por ventilação natural ou infiltração depende da diferença de pressão entre as partes interna e externa e da resistência ao fluxo fornecido pelas aberturas. A diferença de pressões exercida sobre o edifício pelo ar pode ser causada pelo vento ou pela diferença de densidade de ar fora e dentro do edifício. O efeito de diferença de densidade, conhecido como "efeito de chaminé", é freqüentemente o principal fator. Quando a temperatura no interior de um determinado ambiente é maior que a temperatura externa, produz-se uma pressão interna negativa e um fluxo de ar entra pelas partes inferiores, o que causa uma pressão interna positiva, e um fluxo de ar sai nas partes superiores do edifício (vide Figura 2).

Ti - Temperatura interna,
Te - Temperatura externa.
Figura 2. Circulação de ar num ambiente quando Ti >Te.
As janelas têm a vantagem de iluminar, bem como de ventilar, quando abertas. As partes moveis dessas aberturas permitem até certo ponto o controle da quantidade de ar que esta sendo movimentada; defletores podem ser usados para controlar a distribuição das correntes. As aberturas no telhado são geralmente protegidas por uma cobertura, para impedir a entrada de chuva e reversão do ar que sai. A quantidade de ar que passa através da abertura depende da diferença de temperatura interna e externa.
Regras gerais
Em resumo, os efeitos da corrente de ar num ambiente dependem: dos seguintes fatores
·         Movimento devido aos ventos externos;
·         Movimento devido á diferença de temperatura;
·         Efeito de aberturas desiguais.
 As regras gerais para construção de edifícios são:
A - Edifícios e equipamentos em geral devem ser projetados para ventilação efetiva,   independente das direções de vento.
B - Aberturas como portas, janelas, etc. não devem ser obstruídas.
C - Uma quantidade maior de ar por área total abertura é obtida usando-se áreas  iguais de aberturas de entrada saída.
Ventilação geral
 A ventilação geral é um dos métodos disponíveis para controle de um ambiente ocupacional. Consiste em movimentar o ar num ambiente através de ventiladores; também chamada ventilação mecânica.
Um ventilador pode insuflar ar num ambiente, tomando ar externo, ou exaurir ar desse mesmo ambiente para o exterior. Quando um ventilador funciona no sentido de exaurir ar de um ambiente e comumente chamado de exaustor.
Num ambiente, a pressão atmosférica comum, a insuflação e a exaustão provocam uma pequena variação da pressão (considerada desprezível). Dessa forma, a insuflação é chamada de pressão positiva e a exaustão de pressão negativa.
A ventilação geral pode ser fornecida pelos seguintes métodos:
·         insuflação mecânica e exaustão natural;
·         insuflação natural e exaustão mecânica;
·         insuflação e exaustão mecânica.
A insuflação mecânica, ventilando ar externo num ambiente, nem sempre é recomendável, uma vez que o ar externo pode estar contaminado de impurezas, ou ainda, com temperatura e umidade relativa inadequadas.


Definições:
Vazão: Q

É um volume de ar que se deslocou num ambiente ou numa tubulação na unidade de tempo.

Sendo V o volume medido em m³ (metros cúbicos) ou Ft³ ( pés cúbicos) e o T o tempo medido em: h (hora) ou min. (minutos)
Dessa forma, a vazão de ar será medida nas unidades: m³/h (metros cúbicos por hora) ou Ft³/min (pés cúbicos por hora), também escrita sob a forma CFM (cubic feet per minute).
Velocidade: v
É a distancia percorrida por um ponto material na unidade de tempo.

Sendo d a distância medida em: m (metros) ou Ft ( pés ), e t o tempo medido em: s (segundos) ou min (minutos).
Dessa forma, as unidades de velocidade de ar será: n/s (metros por segundo) ou Ft/min o ( pés por minuto) também escrita sob a forma FPN (feet per minute)
Taxa de renovação de ar: T
Entende-se por taxa de renovação ou numero de trocas de ar num ambiente o numero de vezes que o volume de ar desse ambiente é trocado na unidade de tempo.

Sendo Q a vazão e V o volume.
A relação entre a vazão e o volume resulta em um numero que depende somente do tempo. Por exemplo, quando a vazão é expressa em m/h e o volume em m3/ h, e o volume em m³, resulta um numero T expresso por hora.
 Ventilação geral para conforto térmico
No campo da ventilação industrial e da não industrial, a ventilação destinada à de conforto térmico é das mais importantes. Neste tópico serão abordados apenas conceitos básicos sobre o assunto e serão fornecidos alguns dados preliminares para uma iniciação e elaboração de projetos, não se entrando, no entanto, nos aspectos de condicionamento de ar. Em outras palavras, serão fornecidos alguns dados de conforto ambiental, dados para cálculos de trocas (renovação), reposição e recirculação de ar em ambientes, isto é, necessidades de ventilação conforme ambientes ocupados pelo homem, bem como diminuição de fumos e odores por insuflamento de ar.
Temperaturas extremamente baixas não ocorrem com freqüência no Brasil, com exceção de alguns casos esporádicos, em algumas localidades no sul do país. Dessa forma, não nos referiremos, em parte alguma do texto, a aquecimento de ar para promoção de conforto térmico, uma vez que a simples utilização da vestimenta adequada soluciona os problemas usualmente encontrados.
Calor e conforto térmico
Aspectos gerais: o homem é um ser tropical por excelência, possuindo uma capacidade bastante desenvolvida de: transpiração. Um grande numero de indivíduos está, parte do tempo, exposto a temperatura, mais altas que a temperatura ambiente principalmente em seu ambiente ocupacional, onde uma serie de fatores climáticos e não climáticos conduzem a um ganho ou a uma menor dissipação de calor pelo organismo. A esse tipo de estímulo o organismo responde fisiologicanente, refletindo a severidade da exposição ao calor, para cujo equacionamento completo e adequado é necessário medir quantitativamente a ação do calor, bem como a resposta do organismo, correlacionando-as; essa é uma tarefa difícil em função de vários para metros intervenientes, tais como temperatura do ar, umidade relativa, calor radiante, velocidade do ar, tipo de trabalho exercido, aclimatação, roupa utilizada e outros.
Dessa forma, torna-se necessária a fixação de critérios que permitem estabelecer os limites de exposição ao calor em diferentes tipos de trabalho e a redução da exposição para respostas excessivas do organismo. Os critérios assim desenvolvidos devem levar em conta não só a resposta fisiológica, mas também a psicológica, a produtividade e a ocorrência de desordens devido ao calor.
Renovação do ar ambiente
Requisitos de ventilação: varias medidas podem ser tomadas para se evitar a exposição de pessoas a condições de alta temperatura. Por exemplo, enclausuramento e isolamento de fontes quentes, vestimentas, barreiras protetoras, diminuição do tempo de exposição, etc.
Na tabela a seguir são indicadas as relações de espaço ocupado e vazões necessárias para varias situações:
Tabela 2. Critérios sugeridos para projetos gerais de ventilação de ambientes (ASHRAE - American Society of Heating Refrigerating and Air Conditioning Engineering, Guide an Data Book).
 
Área Funcional 
 Taxa de  Renovação
(Troca por hora) 
            Ft3/min 
   por pessoa 
Hospitais (sala de anestesia)
8-12 
-
Salas de animais
 12-16 
-
Auditórios 
10-20
10 
Hospitais (salas de autopsia) 
   8-12 
10 
Padaria e confeitaria 
20-60
-
Boliches 
15-30 
30
Igrejas 
15-25 
Hospitais (salas de citoscopia) 
 8-10
20 
Salas de aula 
       10-30 
      40 
Salas de conferencia 
       25-35
 -
Corredores 
        3-10 
 -
Hospitais (salas 
        8-12 
 -
Leiterias 
        2-15 
 -
Lavagem de pratos 
       30-60 
 -
Lavagem a seco 
       20-40 
 -
Fundições 
        5-20 
 -
Ginásios 
        5-30
1,5 por pé quadrado
Garagens 
        6-10 
 -
Hospitais(salas                                                                                                hidroterapia)
        6-10 
 -
Hospitais (salas de isolamento)
        8-12 
 -
Cozinhas 
       10-30 
 -
Lavanderias 
       10-60 
 -
Bibliotecas 
       15-25 
10
Bibliotecas 
       15-25 
10
Salas de deposito 
         2-15 
 -
Pequenas oficinas 
         8-12 
 -
Hospitais (suprimentos) 
         6-10 
 -
Berçários 
       10-15 
 -
Escritórios 
        6-20 
10
Hospitais (salas de operação) 
       10-15 
 - 
10-22 
           -

Radiologia 
        6-10 
 -
Restaurantes 
        6-20 
10
Lojas 
      18-22 
10
Residências 
        5-20 
 -
Equipamentos telefônicos 
        6-10 
 -
Salas de controle de tráfego aéreo 
      10-22 
10
Toaletes 
        8-20 
 -
Soldas a arco voltaico 
      18-22 
 -



Nesta tabela foi prevista a remoção de odores corporais, nível de atividade do indivíduo, bem como remoção de calor.