segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ipem-SP autua dez veículos-tanque que transportam produtos perigosos

Ipem-SP autua dez veículos-tanque que transportam produtos perigosos
Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP), autarquia vinculada à Secretaria da Justiça, autuou dez, dos 25 veículos-tanque que transportam produtos perigosos fiscalizados, por falta do certificado de verificação metrológica do cronotacógrafo. Com o Apoio da Polícia Militar Rodoviária, operação “De Olho Na Rodovia II” foi realizada nesta sexta-feira (24/9), na Rodovia Euclides da Cunha, SP 320, 586,7 km, em Jales, região de São José do Rio Preto, interior de São Paulo.

O cronotacógrafo é considerado a “caixa preta” dos veículos, que registra dados do percurso, tais como velocidade, distância percorrida, pontos de parada, dentre outros. Fiscais vistoriaram ainda um ônibus escolar e um coletivo de passageiros e ambos estavam com o documento em ordem.
O certificado, que é obrigatório, é emitido pelo Ipem no Estado de São Paulo, após ensaios metrológicos com o cronotacógrafo. A data limite para que veículos-tanque obtivessem o certificado expirou em agosto de 2009. Para os ônibus, o prazo varia de acordo com os finais das placas: 2 (fevereiro); 3 (março); 4 (abril) e 5 (maio), 6 (junho), 7 (julho) e 8 (agosto).
“A exigência do documento é uma das formas para combatermos os riscos nas estradas. O instrumento oferece um histórico do trajeto feito pelo motorista que pode, inclusive, ajudar a elucidar as causas dos acidentes”, explica o superintendente do Ipem-SP, Fabiano Marques de Paula.
Proprietários dos caminhões ou empresas autuadas têm dez dias para apresentar defesa ao Departamento de Análise e Gestão de Processos do Ipem-SP, que definirá multa que varia de R$ 100 a 50 mil, dobrando na reincidência. (Redação - Agência IN - 27/09/2010).

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Brasil e Portugal analisam burnout nos hospitais

Brasil e Portugal analisam burnout nos hospitais
Data: 01/10/2010 / Fonte: Redação Revista Proteção

Foto: Divulgação Hospital de Clínicas


Uma pesquisa da Universidade do Porto em parceria com a Ulbra Canoas está avaliando riscos e sintomas da síndrome de burnout em profissionais da saúde no Brasil e em Portugal. O burnout é uma condição de sofrimento psíquico relacionado ao trabalho e está associado a alterações fisiológicas decorrentes do estresse. Os dados coletados mostram que, nos dois países, a síndrome é comum nos setores de urgência e unidades de tratamento intensivo. Além da análise comparativa, o objetivo é sensibilizar as organizações sobre a prevenção e a promoção da saúde mental dos trabalhadores.

Saúde em foco

Os dados começaram a ser coletados em janeiro de 2010, por meio de questionários nas unidades de saúde. No Brasil, o projeto é coordenado pela professora doutora Mary Sandra Carlotto e conta com a colaboração das bolsistas Ítala Chinazzo e da Luanna Taborda; em Portugal, tem a coordenação da professora Doutora Cristina Queirós e conta com a doutoranda Sofia Raquel Dias. "Até o momento, foram entrevistados 224 trabalhadores (112 de cada país) nas funções de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, cargos administrativos, nutricionistas, psicólogos e higienização", afirma Sofia Raquel Dias. O estudo faz parte do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Ulbra e do Doutorado em Psicologia da Universidade do Porto.

Trabalhadores insatisfeitos
Os resultados iniciais da pesquisa mostram que os profissionais em maior risco são os dos setores de urgência e unidades de tratamento intensivo. O profissional que trabalha sob pressão, sobrecarregado, com pouca autonomia e participação, é o que corre maior risco de desenvolver a doença, segundo a coordenadora no Brasil. Entre os entrevistados nos dois países, 40,2% não se sentiam realizados profissionalmente; 2,3% sentiam exaustão emocional e 0.9% sofriam com despersonalização. "Os brasileiros apresentaram índices maiores de despersonalização e de menor realização profissional, enquanto que os portugueses revelaram maiores índices de exaustão emocional, seguidamente de despersonalização", explica a doutoranda Sofia. O levantamento foi apresentado no VII Congresso Ibero-americano de Psicologia, em julho na cidade de Oviedo, Espanha.

Ampliação do estudo

Após a completa coleta de dados, será estruturado um diagnóstico comparativo da situação do burnout nas unidades de saúde dos dois países. Um segundo desafio dos pesquisadores, a longo prazo, é ampliar o estudo para outros ramos de atividades e avaliar meios de tratamento da síndrome. "O interesse no projeto, a riqueza dos dados e a motivação da equipe levam-nos a pensar em incluir outros grupos profissionais", revela Sofia, otimista.
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