terça-feira, 17 de agosto de 2010

CAPÍTULO 1: HIGIENE DO TRABALHO 1.4 (4ª parte)


 Captores (Coifas)
São pontos de captura de poluentes, que, dimensionados convenientemente para uma fonte poluidora, irão enclausurar parte da fonte e, com um mínimo de energia, consegue-se a entrada destes poluentes para o sistema de exaustão.
Esses captores devem induzir, na zona de emissão de poluentes, correntes de ar em velocidades tais que assegurem que os poluentes sejam carregados pelas mesmas para dentro do captor.
Em casos especiais, formas de captores devem ser desenhadas. Usualmente as dimensões do processo ou operação determinam as dimensões do captor e sua forma.
Vários tipos de captores são utilizados nas mais diversas aplicações industriais (vide Figura 7).




Figura 7. Tipos de captores (coifas)

A Figura 8, a seguir, mostra em detalhes um captor enclausurante para trabalhos com esmeris.
Para este caso, a ACGIH estabelece condições básicas, tais como dimensões em relação ao disco e vazões de ar mínimas, sendo considerado péssimo o enclausuramento quando a área do disco exposta exceder a 25%.
Evidentemente, estes valores são obtidos a partir de dados experimentais e após testes comparativos com inúmeros materiais de ensaio. 




Figura 8 - Norma para captor de disco de esmeril.

Sistema de dutos (dimensionamento)
Uma linha de dutos deverá ser instalada de acordo com o layout geral da fábrica, interligando captores ( coifas) ao sistema de coleta. Esta linha deverá ser do menor comprimento possível, a fim de minimizar a perda de carga, consumindo dessa forma menos energia. Isto significa que o sistema de coleta constituído por um exaustor-coletor deverá ser instalado o mais próximo possível dos pontos de captação ( coifas ou captores).
Para o dimensionamento de dutos e captores, bem como das singularidades ao longo deles, o projetista deverá levar em consideração as vazões necessárias para cada captor, velocidade de transporte recomendada para o trecho principal dos dutos e as devidas perdas de carga, a fim de determinar a potência do motor e ventilador, bem como das secções dos dutos.
Para tanto, a American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH) e demais literaturas a respeito possuem toda a informação necessária para o cálculo das perdas de carga, expressas em milímetros ou polegadas de coluna de água. Por conveniência, podem ser adotados:

  • tubos: secção circular;
  • cotovelos: 90º
  • conexões : 30º
  • raios de curvatura: r = 2d (duas vezes o diâmetro do duto).
É desaconselhável o uso de tubos de secção retangular para sistemas de exaustão, por apresentarem cantos vivo, que facilitam a deposição de poeira, e que exigem, portanto, motor de maior potência para manter a eficiência necessária; Alan disso, haverá um maior desgaste dos dutos, implicando em freqüentes manutenções. É interessante a adoção de valores fixos (por exemplo, raio de curvatura r = 2d), o que significa que todas as curvaturas serão semelhantes, dando um aspecto arquitetônico a instalação, mesmo com pequeno acréscimo de perda de carga.
A Figura 9, a seguir, mostra uma instalação dutos interligados a um coletor e um exaustor.

Figura 9 - sistema de dutos.






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